Você pode ajudar a governar de casa pela #Webcidadania - Entenda como participar dos sites webcidadãos
Entenda como participar dos sites webcidadãos
NoSSA. Quando vi essa matéria meus olhos brilharam de felicidade. Fala da minha tão adorada e amada #webcidadania e dos meus tão amados sites de transformação de nossa realidade!
Demais!!
Vale a pena, muitoo a pena ler! :)
Vai mudar sua noção de mundo!! :)
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI173769-17773,00.html
Chega de esperar! Agora, pessoas comuns, como eu e você, podem influenciar decisões dos políticos e ajudar a administrar nossas próprias cidades — sem mesmo sair de casa. É o que promete um crescente movimento na internet que envolve política e cidadania
por Rogerio SchlegelCrédito: Sebastião Moreira/EPA/Corbis
Você já exerceu seus direitos de webcidadão hoje? Ou sequer ouviu falar nisso? Pois bem: a ideia de que a democracia depende de indivíduos tomados por um fervor cívico capaz de fazê-los trocar a cerveja no boteco por uma assembleia vem ficando pra trás com um movimento que cresce a passos largos na web.
O viaduto do lado de casa está entulhado de lixo? Clique. Apareceu um buraco na calçada? Clique. O deputado em quem você votou não está fazendo o seu trabalho direito? Clique, clique. Sites como o Urbanias (urbanias.com.br) e o Cidade Democratica (cidadedemocratica.com.br) permitem que pessoas comuns, gente como eu e você, normalmente longe dos gabinetes da prefeitura ou do Congresso Nacional, participem da gestão das cidades ou opinem nas decisões de governantes.
“É uma onda que cresce no mundo inteiro e o Brasil não é exceção”, diz Fernando Barreto, sócio da empresa Webcitizen, que produz sites e aplicativos dedicados à promoção da tal da webcidadania. O termo é usado para definir o engajamento de cidadãos na administração pública por meio de ferramentas online.
>> As trapalhadas dos candidatos na web
>> Redes sociais podem ajudar a governar
Essas plataformas estão abrindo espaço para que a gente reclame do que não funciona, fiscalize o governo, influencie políticos ou mobilize outras pessoas para cuidar do que é nosso. “A web tem potencial para afetar a motivação, a habilidade e a oportunidade dos jovens para se engajarem na vida em comunidade”, diz Michael Delli Carpini, professor da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e especialista nas relações entre internet e política.
A lei Ficha Limpa, que impede condenados na Justiça brasileira de se candidatarem nas eleições, é um bom exemplo: aprovada em junho deste ano, teve parte do sucesso ligado à webcidadania. Comunidades no Orkut e no Facebook, tuiteiros e blogueiros ajudaram a colher os 1,9 milhão de assinaturas que clamavam pela aprovação da lei. “As novas tecnologias oferecem acesso para os que são realmente engajados ou para aqueles apenas interessados em participar da política”, afirma Delli Carpini. Também há um volume maior de informação de fácil acesso.
Um exemplo: nem todo mundo tem paciência para entrar no site do Congresso Nacional e ler todos os projetos de lei que tramitam por lá. Mas existe quem faça isso por você. O portal Votenaweb (votenaweb.com.br) traduz o juridiquês dos projetos para a linguagem do dia a dia. Quando o assunto é votado pelos políticos, a posição deles é comparada à dos visitantes do site. Há casos aprovados pelo público, mas gongados pelos parlamentares, como o projeto que obrigaria pessoas com cargos vitalícios — a exemplo dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) — a passar por exame de sanidade mental e aptidão para a função. Lançado em novembro do ano passado, o Votenaweb tem 10 mil usuários que já deram 160 mil votos e postaram 4 mil comentários.
Na mesma linha, o Extrato Parlamentar (extratoparlamentar.com.br), hospedado dentro do site do Movimento Voto Aberto (votoaberto.com.br), mapeia a afinidade do usuário com deputados federais a partir da maneira como se comportaram em votações relevantes nos quatro anos de mandato. “A gente vota esperando que o deputado represente o que pensamos. Agora é hora de ver se isso aconteceu de verdade”, diz a cientista política Andréa Freitas, que ajudou a desenvolver o projeto.
Para ficar na cola de vereadores, há ainda uma ferramenta colaborativa que permite que você vire “pai” de um. O Adote um Vereador (vereadores.wikia.com) estimula o internauta a escolher um político para ficar de olho, postando notícias e questionando sua postura. E, quem mal se lembra em quem votou nas últimas eleições, no Eu Lembro (eulembro.com.br) poderá preencher uma cédula eleitoral com os candidatos em quem apostou e acompanhar os eleitos ao longo de todo o mandato. Assim, projetos, votos e comentários sobre o político são acessados e acompanhados rapidamente.
O viaduto do lado de casa está entulhado de lixo? Clique. Apareceu um buraco na calçada? Clique. O deputado em quem você votou não está fazendo o seu trabalho direito? Clique, clique. Sites como o Urbanias (urbanias.com.br) e o Cidade Democratica (cidadedemocratica.com.br) permitem que pessoas comuns, gente como eu e você, normalmente longe dos gabinetes da prefeitura ou do Congresso Nacional, participem da gestão das cidades ou opinem nas decisões de governantes.
“É uma onda que cresce no mundo inteiro e o Brasil não é exceção”, diz Fernando Barreto, sócio da empresa Webcitizen, que produz sites e aplicativos dedicados à promoção da tal da webcidadania. O termo é usado para definir o engajamento de cidadãos na administração pública por meio de ferramentas online.
>> As trapalhadas dos candidatos na web
>> Redes sociais podem ajudar a governar
Essas plataformas estão abrindo espaço para que a gente reclame do que não funciona, fiscalize o governo, influencie políticos ou mobilize outras pessoas para cuidar do que é nosso. “A web tem potencial para afetar a motivação, a habilidade e a oportunidade dos jovens para se engajarem na vida em comunidade”, diz Michael Delli Carpini, professor da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e especialista nas relações entre internet e política.
A lei Ficha Limpa, que impede condenados na Justiça brasileira de se candidatarem nas eleições, é um bom exemplo: aprovada em junho deste ano, teve parte do sucesso ligado à webcidadania. Comunidades no Orkut e no Facebook, tuiteiros e blogueiros ajudaram a colher os 1,9 milhão de assinaturas que clamavam pela aprovação da lei. “As novas tecnologias oferecem acesso para os que são realmente engajados ou para aqueles apenas interessados em participar da política”, afirma Delli Carpini. Também há um volume maior de informação de fácil acesso.
Um exemplo: nem todo mundo tem paciência para entrar no site do Congresso Nacional e ler todos os projetos de lei que tramitam por lá. Mas existe quem faça isso por você. O portal Votenaweb (votenaweb.com.br) traduz o juridiquês dos projetos para a linguagem do dia a dia. Quando o assunto é votado pelos políticos, a posição deles é comparada à dos visitantes do site. Há casos aprovados pelo público, mas gongados pelos parlamentares, como o projeto que obrigaria pessoas com cargos vitalícios — a exemplo dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) — a passar por exame de sanidade mental e aptidão para a função. Lançado em novembro do ano passado, o Votenaweb tem 10 mil usuários que já deram 160 mil votos e postaram 4 mil comentários.
Na mesma linha, o Extrato Parlamentar (extratoparlamentar.com.br), hospedado dentro do site do Movimento Voto Aberto (votoaberto.com.br), mapeia a afinidade do usuário com deputados federais a partir da maneira como se comportaram em votações relevantes nos quatro anos de mandato. “A gente vota esperando que o deputado represente o que pensamos. Agora é hora de ver se isso aconteceu de verdade”, diz a cientista política Andréa Freitas, que ajudou a desenvolver o projeto.
Para ficar na cola de vereadores, há ainda uma ferramenta colaborativa que permite que você vire “pai” de um. O Adote um Vereador (vereadores.wikia.com) estimula o internauta a escolher um político para ficar de olho, postando notícias e questionando sua postura. E, quem mal se lembra em quem votou nas últimas eleições, no Eu Lembro (eulembro.com.br) poderá preencher uma cédula eleitoral com os candidatos em quem apostou e acompanhar os eleitos ao longo de todo o mandato. Assim, projetos, votos e comentários sobre o político são acessados e acompanhados rapidamente.
De onde veio
Os primeiros sites a ter impacto na participação das pessoas na vida pública surgiram nos Estados Unidos e na Inglaterra na segunda metade dos anos 90. Mas foi com a campanha presidencial de Barack Obama, em 2008, que internet e política se aproximaram. Obama contratou Chris Hughes, um dos fundadores do Facebook, para integrar sua campanha online ainda nas primeiras fases da disputa. Ganhou uma rede social própria — o My.BarackObama.com reuniu as pessoas que ajudariam a eleger o novo presidente americano.
O perfil do usuário destacava sua atuação concreta na campanha: eventos produzidos, ligações feitas, visitas de porta em porta, número de postagens em blogs. No YouTube, Obama tinha três canais com mais de 1.800 vídeos postados. O destaque eram simpatizantes declarando apoio — o vídeo publicado por Will.i.am, líder da banda Black Eyed Peas, com um discurso de Obama musicado, tem mais de 21 milhões de visualizações.
O perfil do usuário destacava sua atuação concreta na campanha: eventos produzidos, ligações feitas, visitas de porta em porta, número de postagens em blogs. No YouTube, Obama tinha três canais com mais de 1.800 vídeos postados. O destaque eram simpatizantes declarando apoio — o vídeo publicado por Will.i.am, líder da banda Black Eyed Peas, com um discurso de Obama musicado, tem mais de 21 milhões de visualizações.
Nas ruas
Para além do congresso e longe do presidente Obama, no entanto, há viadutos sujos, calçadas esburacadas e vazamentos nas ruas. Por isso, a ideia de contribuir politicamente pela web não se restringe às eleições ou a vigiar políticos. Funciona também como uma maneira de gerir bairros e cidades. Engajadíssimo no que diz respeito a transformar para melhor o lugar onde mora, o publicitário Victor Teramoto, 32 anos, se incomodava com a quantidade de lixo em um viaduto por onde sempre passava de bicicleta em São Paulo.
Reclamou diretamente na prefeitura. Em vão. “Me aconselharam a preencher um formulário online. Só que o viaduto não tinha número, por isso o sistema não aceitava a reclamação”, diz. Victor relatou o problema em outro site, o Urbanias (urbanias.com.br), que se dedica a encaminhar reclamações para as autoridades responsáveis. A prefeitura prometeu solucionar a questão em uma semana. Levou um mês, mas resolveu. Criado pelo engenheiro paulista Ricardo Joseph logo que ele voltou de um MBA na Universidade de Yale, o portal faz parte dos sites e aplicativos brasileiros lançados no ano passado para denunciar problemas típicos de metrópoles ou promover a participação política.
Trânsito, poluição, sujeira e buracos nas ruas estão entre os tópicos dos quais se pode reclamar. “Tivemos um caso interessante de um carro abandonado no bairro de Perdizes, em São Paulo, que a prefeitura nunca resolvia”, diz Joseph. “O morador fotografou, filmou e espalhou a reclamação por vários blogs. Em 48 horas o automóvel tinha sido removido.” O usuário posta sua reclamação e a equipe do site vai atrás de explicações e ações concretas de órgãos públicos. Na mesma linha, há o Cidade Democrática (cidadedemocratica.com.br), que também presta esse tipo de serviço, ao fazer a ponte entre poder público e seus usuários.
A parte bacana desses sites que vêm surgindo no País é que o cidadão pode, se quiser, mover mais do que o dedo indicador no mouse. “A participação via internet tem limites claros”, diz o cientista político Sérgio Braga. Por isso é que a grande sacada do site americano SeeClickFix.com (veja, clique, conserte, em português) é que o usuário pode se inscrever como fixer (algo como “consertador”), alguém que põe a mão na massa em problemas na sua área, como uma praça suja. “Há fixers de todos os tipos, do cidadão comum à companhia de eletricidade ou policiais”, diz Ben Berkewitz, um dos fundadores.
A plataforma deu um passo que pode ser seguido pelos sites brasileiros de engajamento em política e cidadania em que, além de fiscais, os internautas realmente ajudam a resolver os problemas. É um primeiro movimento para a participação na vida pública — o que hoje pode ser feito até mesmo de uma mesa de bar, com um smartphone ou um laptop na mão, enquanto se toma aquela cervejinha.
Reclamou diretamente na prefeitura. Em vão. “Me aconselharam a preencher um formulário online. Só que o viaduto não tinha número, por isso o sistema não aceitava a reclamação”, diz. Victor relatou o problema em outro site, o Urbanias (urbanias.com.br), que se dedica a encaminhar reclamações para as autoridades responsáveis. A prefeitura prometeu solucionar a questão em uma semana. Levou um mês, mas resolveu. Criado pelo engenheiro paulista Ricardo Joseph logo que ele voltou de um MBA na Universidade de Yale, o portal faz parte dos sites e aplicativos brasileiros lançados no ano passado para denunciar problemas típicos de metrópoles ou promover a participação política.
Trânsito, poluição, sujeira e buracos nas ruas estão entre os tópicos dos quais se pode reclamar. “Tivemos um caso interessante de um carro abandonado no bairro de Perdizes, em São Paulo, que a prefeitura nunca resolvia”, diz Joseph. “O morador fotografou, filmou e espalhou a reclamação por vários blogs. Em 48 horas o automóvel tinha sido removido.” O usuário posta sua reclamação e a equipe do site vai atrás de explicações e ações concretas de órgãos públicos. Na mesma linha, há o Cidade Democrática (cidadedemocratica.com.br), que também presta esse tipo de serviço, ao fazer a ponte entre poder público e seus usuários.
A parte bacana desses sites que vêm surgindo no País é que o cidadão pode, se quiser, mover mais do que o dedo indicador no mouse. “A participação via internet tem limites claros”, diz o cientista político Sérgio Braga. Por isso é que a grande sacada do site americano SeeClickFix.com (veja, clique, conserte, em português) é que o usuário pode se inscrever como fixer (algo como “consertador”), alguém que põe a mão na massa em problemas na sua área, como uma praça suja. “Há fixers de todos os tipos, do cidadão comum à companhia de eletricidade ou policiais”, diz Ben Berkewitz, um dos fundadores.
A plataforma deu um passo que pode ser seguido pelos sites brasileiros de engajamento em política e cidadania em que, além de fiscais, os internautas realmente ajudam a resolver os problemas. É um primeiro movimento para a participação na vida pública — o que hoje pode ser feito até mesmo de uma mesa de bar, com um smartphone ou um laptop na mão, enquanto se toma aquela cervejinha.
SEJA UM CIDADÃO ONLINE
EXTRATO PARLAMENTAR | extratoparlamentar.com.br
Mapeia a afinidade do usuário com deputados federais a partir da maneira como se comportaram em votações relevantes nos últimos anos de mandato
URBANIAS | urbanias.com.br
O usuário posta sua reclamação numa plataforma Google e a equipe do site busca explicações e ações concretas de órgãos públicos
VOTENAWEB | votenaweb.com.br
Reúne os projetos em votação no Congresso Nacional. O internauta pode dar seu voto simbólico e compará-lo com os votos dos políticos. Assim, descobre com quais tem mais afinidade
ADOTE UM VEREADOR | vereadores.wikia.com
O usuário se registra e escolhe um político para tomar conta. Durante o mandato, o internauta tem o compromisso de postar notícias e questionamentos sobre o vereador
Permite que pessoas comuns, gente como eu e você, normalmente longe dos gabinetes da prefeitura ou do Congresso Nacional, participem da gestão das cidades ou opinem nas decisões de governantes. Faz a ponte entre o poder público e seus usuários.
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