Entenda o Mensalão do DEM, o caso Arruda

 ENTENDA O CASO

Tudo começa com a operação “Caixa de Pandora” da Polícia Federal através do rastreamento do dinheiro de propina investigou um
esquema de corrupção articulado pelo deputado federal José Roberto Arruda começado
em 2003 antes de sua eleição para o Governo do
Distrito Federal - e que foi mantido após assumir o cargo.

Descoberto o esquema, a PF fez um acordo de redução de pena com o secretário de Relações
Institucionais do governo, Durval Barbosa, e este concordou em gravar em áudio e vídeo conversas com o
governador José Roberto Arruda e outros integrantes da, como classifica o
inquérito, “organização criminosa”

Em seu governo Arruda recebia dinheiro de empresas privadas a cada 15 dias e que ficava com 40% da verba. O restante era dividido entre seu vice-governador, Paulo Octávio, o chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, e o assessor de imprensa, Omézio Pontes, além de uma parte que era usada para comprar cooptar parlamentares na Câmara Legislativa.

Diante desses fatos foi feito um inquérito pela PF que alegou indícios de prática dos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa, peculato, fraude em licitação e crime eleitoral. O que acontece que este inquérito, junto com suas provas (gravações em áudio e vídeo do esquema) vazou para imprensa em novembro e chocou o país.

Depois disso teve pressão da sociedade brasileira e da imprensa sobre o caso havendo questionamentos sobre para onde ia este dinheiro e qual sua origem. Pressionado o governador do DF alegou que o dinheiro era para comprar panetones para crianças carentes, porém isto não convenceu o povo brasileiro. Tal povo ao ver tais cenas, ficou “pé da vida” e de forma como não se viu parecido igual deste o impechment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, começou a fazer manifestações nacionais, em especial
no DF, - manifestações tais que até a polícia chegou a bater e passar os cavalos por cima dos manifestantes- exigindo o impeachment de Arruda no caso que ficou conhecido como Mensalão do DEM (pois praticamente todo partido dos democratas do DF estava envolvido no esquema).

Por sua vez, com o partido pressionado pela opinião pública primeiro solicitou que Arruda se afasta-se do cargo, não feito isso, foi expulso do partido.

Afastado a investigação continuou e após alguns meses Arruda foi preso por tentar comprar um jornalista, Sombra - que divulgou todo o esquema para a imprensa – exigindo que ele fala-se a todos que as gravações do esquema de corrupção eram falsas. Esperto Sombra filmou a tentativa de suborno, mostrou a justiça e Arruda foi preso por ameaçar a investigação.

Logo, tentou harbes corpus no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF), mas felizmente não conseguiu. Por fim, Arruda disse que se for solto renunciará e o STJ aceitou soltá-lo caso
renuncie pois se alega que não ameaçara mais as investigações sobre o mensalão.